terça-feira, janeiro 10, 2006

"Esporte é droga. Pratique guitarra."

"Existem vários guitarristas muito bons por aí, mas posso lhe garantir que sou o único fazendo as coisas que faço. Isto porque não me apresento como um estrela. Vou lá pra tocar composições."


A imagem que se criou através dos tempos de Frank Zappa, tirou dele alguns méritos, entre eles o de ser reconhecido como um dos grandes guitarristas da história. O que ele fazia com suas 6 cordas era produto não só de suas influências teoricamente incoerentes, como de sua postura diante da arte de um modo geral. O solo de guitarra, como o próprio nome diz, é algo que nos acostumamos a encarar como território de quem o faz, tendo naquele momento total licença para fazer o que lhe vier na cabeça. E aí é que está o problema: poucos são aqueles que escolhem esse caminho no fim estão ilesos.
Jeff Beck, Edward Van Halen ( que Zappa uma vez encontrou num corredor e puxando ele pelo braço sentenciou: “... você mudou a história da Guitarra!!” , Eddie confessou depois que não dormiu direito naquele dia ), Eric Clapton, e claro Hendrix , que Zappa tinha uma adoração tão grande pelo som que vinha da guitarra dele, que num show em Miami em 1969 subornou um roadie para conseguir os restos de uma guitarra que tinha sido queimada durante o show. Ele não a queria como troféu, usou os captadores queimados numa Fender Stratocaster e colocou-a no seu cast de instrumentos.
Zappa era um músico erudito mais que não gostava do formato da música erudita, preferia o meio do rock&roll, por isso o improviso para ele era uma composição dentro de outra. Somada a essa postura , vinha o gosto pelo rádio das estações negras, onde B B King, Johnny Guitar Watson e Guitar Slim foram seus ídolos de tenra idade. E exatamente por não conhecer esse modo de pensar de Zappa com improvisador, não sabe o exato motivo dele ter lançado obras exclusivamente com solos de guitarra, “Shut up ´n play yer guitar” (1981) e “Guitar” ( 1988) . São coletâneas dessas suas composições onde a lógica do músico erudito se junta ao admirador do blues que se ouvia nas rádios dos EUA no fim dos anos 50, início dos 60. Indico alguns exemplos do melhor do guitarrista Zappa, mostrando bem o que já falei.



“Uncle Meat” 1969
Um dos meus favoritos, mais se você for Marinheiro de primeira viagem, melhor não começar por aqui.

“Hot rats” – 1969
Esse muitos consideram como o início do Jazz-rock, mais é muito mais que isso.

“Apostrophe”- 1974
Junto com Jack Bruce, constrói uma sonoridade próxima do hard rock da época, fazendo desse disco um do mais populares que gravou.

“Sleep Dirt”- 1979
Um dos meus preferidos, o disco só saiu na forma que Zappa queria mais de 10 anos depois no triplo “Lather”, que corresponde a ele junto com o “Studio tan” e o “Zappa in New YorK”. Recomendo em qualquer formato.

“Joe's Garage” – 1979
Sua obra maior tanto na concepção quanto na execução. Ainda vai ser muito falada nessa série.

“Them Or Us’ – 1984
Esse merece uma menção especial: aqui está a prova de que Steve Vai, o gênio que trascreveu os solos de Zappa enquanto estudava e depois virou músico de sua banda era respeitado. “Stevie's Spanking” é um homenagem que Frank prestou a ele, onde na ficha técnica ele descreveu : Stevie Vai (partes impossíveis de giutarra). No fim, uma versão para,”Whipping post” da Allman Brothers Band.

Com esses “indicações” , espero que possam ouvir um solo de guitarra com outros ouvidos. Posted by Picasa

terça-feira, janeiro 03, 2006

"Fabricamos uma arte especial em um meio hostil aos sonhadores"

Esse post é pra me render ao obvio; desde que eu coloquei no ar esse blog , que nada mais é do que uma imitação do Clash City Rockers, o povo só me pergunta uma coisa:
“quando você vai fazer escrever sobre Frank Zappa “?.
Legal, é fácil pedir, mais o cara faz quase 100 discos, foi um dos maiores guitarristas da história, peitou até o congresso americano e e vou escrever qualquer merda?
Depois de muito raciocinar sobre a forma de fazer esse trabalho, onde cheguei até a pensar em seguir disco atrás de disco, o que faria a série acabar no dia de São nunca, resolvi dividir em Zappa´s diferentes, cada um podendo receber todos os adjetivos que normalmente se dá e ele: genial, polemico, revolucionário, anárquico e etc e tal.
Vou partir do guitarrista, que acabou ficando com um espaço menor do que deveria depois da sua morte, pois conheço gente que acha que todos os guitarristas monstruosos que passaram pela banda de Frank, tais como Adrian Belew, Mike Keneally e principalmente Steve Vai ( com a famosa história das transcrições dos solos) eram responsáveis pela parte principal das guitarras. Passar pelo ativista político que foi parar dentro do congresso americano, defendeu não só seus interesses como a de todos que queriam liberdades de opinião. Depois falar sobre o band-leader, que conhecia Edgar varese, mais Johnny Guitar Watson e Guitar Slim eram seus ídolos de infância.
Eu sei como vai começar, mais como eu termino, não tenho a mínima idéia. Posted by Picasa

segunda-feira, dezembro 12, 2005

SALVADOR ANOS 90

Vai começar em poucos dias a primeira parte de uma série de artigos sobre o rock de Salvador nos anos 90.
Pessoas que viveram essa história vão contar coisas sobre os discos, os festivais, os raros locais e as pessoas que faziam parte daquela tropa de malucos que andava contra a corrente da chamada "Cultura regional".
Vai sair no Blog-irmão mais velho clashcityrockers e aqui vamos reprisar algum tempo depois.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Na Vanguarda do Slide


Dereck trucks
Originally uploaded by capilogencia.
Na Vanguarda do Slide



“Quando comecei a tocar guitarra, aos nove ou dez anos, iniciei com blues tradicional. Mas, quanto mais eu ouvia música e observava a vida, percebia que era falso tocar apenas blues – mesmo que eu adorasse esse estilo. Por ser um garoto branco de um bairro rico de Jacksonville, Flórida, eu não me sentia bem contando histórias de homens que cresceram em plantações. A música é um reflexo do que você vive e sente, se você não for honesto com o que está expressando, sua música perde grande parte de sua potencialidade. Hoje, tudo está acessível e as pessoas ficam expostas a um milhão de coisas – antes, tudo era mais isolado. Quando toco, quero mostrar todas as minhas influências.”


Nada melhor que o próprio Derek Trucks para explicar um pouco o que faz dele o guitarrista mais promissor da atualidade.
Sobrinho de "Butch" Trucks, um dos bateristas da Allman Brothers Band (pra quem não sabe eles tem 2),desde de muito jovem respirou o puro ar do rock feito no sul do norte da América, sendo que desde 12 anos já sobe no palco com os colegas de trabalho do tio, além de outras feras, do calibre de Buddy Guy, Joe walsh,Dylan e Stephen Stills. Até os 20 anos ele usa o tempo para se aperfeiçoar e ouvir muitas coisas, e encontra no jazz de John Coltrane uma identificação particular. A dedicação ao instrumento, à improvisação vista como um discurso e não somente como prova de habilidade aproximam os dois espíritos. Outros jazistas chamados de vanguarda fazem a cabeça de Derek, como Sun Ra e Eric Dolphy, mais o espaço para a tradição está presente, pois diz que quando toca Slide tenta imitar os lamentos das vozes de gente como Ray Charles, Mahalia Jackson e Howlin Wolf.


Forma então sua própria banda, lançando em 1997 seu primeiro disco, onde já surpreende muita gente, não só pela maturidade com instrumentista, como também pelo repertório. Todos esperavam blues rock sulista e musculoso; sim ele está presente, só que junto dele temos uma composiçãode Miles Davis (So What), uma de Wayne Shorter ( Footprints) e duas de John Coltrane ( Mr. PC e Naima) tratadas com toda a energia e ao mesmo tempo reverencias necessarias.Segue um disco repleto de Blues clássico, " Out of the Madness " . No terceiro, há um predomínio de composições inéditas, na maioria dos componentes da banda, com destaque para o tecladista Kofy Burbridge, e "Soul Serenade " , de 2003 já aponta para novas direções, onde há espaço para a latinidade de Mongosantamaria, e ventos vindo do oriente.
Seu ultimo lançamento é um disco ao vivo, o que estava demorando levando-se em conta que a Derek Trucks Band é uma das principais "Jam bands" da atualidade.
Sendo assim, esse garoto de cabelos louros é uma das reservas dos bons sons de guitarra para um futuro que poderia parecer sombrio.



OBS:Não sabe o que é um "Jam band"? Assunto para o futuro próximo.

terça-feira, maio 10, 2005

Testando site

Finalmente começou o parto.
http://meusomsite.vilabol.uol.com.br/ é o endereço do site.
Agradeço desde de já as sugestões.

quarta-feira, março 30, 2005

Vai virar....

O "Meu som" vai mudar, vai virar site, pois enchi o saco do formato de Blog.
Antes do Placebo chegar já estarei no ar novamente.

terça-feira, março 22, 2005

Mesu caros amigos!!

Que penas, todos cairam na armadilha "sideways"!
Aquele filme ainda vai parar na sessão da tarde, pois tem o nível de Malhação!

Seu show é qualquer nota!!

Dr. cascadura e um cara lá que acha que é sambista, rapper.
Local: Concha
Data: 1º de Abril

Tomara que não seja lorota!